A inteligência artificial (doravante IA; do inglês “artificial intelligence” de sigla AI) é, em apertada síntese, um sistema computacional que trabalha semelhante a um humano.
A propósito, não sugere dúvida de que a IA é a nova corrida do ouro da economia mundial. As grandes corporações disputam freneticamente quem consegue ganhar mais e mais dinheiro com a aplicação da IA em escala global, tal como, por exemplo, a empresa OpenAI com o seu ChatGPT.
Eu preciso abrir um parêntesis para dizer que, na minha leiga opinião, as empresas de IA estão sendo hipervalorizadas pelos investidores, o que, num movimento cíclico e natural do mercado financeiro, possui a tendência de queda nas ações das empresas de tecnologia.
Pois bem.
Se a IA trabalha semelhante a um ser humano. Qual é o parâmetro? Se a IA utiliza o padrão do homem médio pode-se dizer que ficará imbecilizada no curto prazo.
Isso porque observa-se de maneira muito clara que as pessoas estão ficando cada vez mais idiotas – assim entendido como aquelas que demonstram falta de inteligência, de discernimento ou de bom senso.
Há vários fatores que atuam direta ou indiretamente para a idiotização da população:
(i) manipulação da linguagem;
(ii) liberação das drogas[1];
(iii) apostas on-line[2];
(iv) pornografia[3];
(v) neuromarketing[4];
(vi) nomofobia[5];
(vii) vício em games;
(viii) ideologias políticas; etc.
O filme Idiocracia (2006) previu com absoluta assertividade a sociedade atual: “no futuro, a inteligência estará extinta”. O futuro chegou. A população, em geral, está mais idiota.[6] Para quem não assistiu, recomendo fortemente o filme, pois, apesar de ser rotulado como comédia/ficção científica, eu o enxergo como uma caricatura distópica muito precisa da realidade.
Analisando todo esse contexto eu me pergunto: será que vale a pena estudar?
Perguntei para o Google e a IA me respondeu que o mercado paga em média os seguintes salários para os profissionais mais “promissores do mercado”:

Noutro giro, uma live NPC – nem vou perder tempo de discorrer a respeito, se você não sabe do que se trata pesquisa aí essa imbecilidade humana – já gerou para a tiktoker canadense PinkDoll o equivalente a US$ 7 mil dólares por dia. Ou, se você quiser um exemplo caseiro, temos o brasileiro Felca que arrecadou R$ 2 mil reais por hora.[7]
Dito de outro modo: um especialista em Cibersegurança de IA, cargo top do mercado, ganha em média R$ 24 mil por mês. Assim, se considerarmos a jornada padrão de 220 horas mensais, um influencer pode ganhar até R$ 440 mil pelo mesmo número de horas que trabalha o especialista em IA.
É surreal.
Se você, assim como eu, dê mais valor ao conhecimento, vale a pena investir em educação. Agora, caso o seu perfil seja de entreter gente estúpida, esquece os livros e vá fazer dancinhas bizarras e ser feliz com a sua grana. Apesar de ser um dilema, não há erro. Uns preferem conhecimento. Outros dinheiro. O erro está em você ser um imbecilizado que busca tão somente dopamina durante a sua curta existência.
[1] https://noticias.stf.jus.br/postsnoticias/stf-forma-maioria-para-descriminalizar-porte-de-maconha-para-consumo-pessoal/
[2] https://www.cnnbrasil.com.br/economia/macroeconomia/beneficiarios-do-bolsa-familia-gastaram-r-3-bi-com-bets-em-agosto-diz-bc/
[3] https://olhardigital.com.br/2022/12/08/internet-e-redes-sociais/como-a-pornografia-se-tornou-um-vicio-na-internet/
[4] Neuromarketing é uma técnica que aplica tecnologias de neurociência para compreender o comportamento do consumidor e identificar as reações do cérebro a determinados estímulos. Uma das principais críticas ao neuromarketing é que ele induz comportamentos de consumo por meio de técnicas como os “gatilhos mentais”.
[5] Nomofobia é a fobia causada pelo desconforto ou angústia resultante da incapacidade de acesso à comunicação através de aparelhos celulares ou computadores.
[6] https://www.bbc.com/portuguese/geral-54736513
[7] https://thenews.waffle.com.br/bizness/a-trend-mais-bizarra-da-historia-das-redes-sociais-%f0%9f%98%b3